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- Review do Tio Donald: Azumi
Posted by : RodrigoPatoDonald
domingo, outubro 05, 2014
Azumi: Um diabinho com cara de anjo.
Como eu falei da matéria sobre Shogun Mayeda, no Japão, o mundo toku é muito mais do que as 4 franquias consagradas aqui no Brasil (no caso, Família Ultra, Kamen Rider, Super Sentai e Metal Hero). No Japão, os tokusatsus possuem tanto gêneros e sub-gêneros que dá até para se perder. Mas para nós, brasileiros, infelizmente, só ficamos restritos aos tokus dessas quatro franquias. Mas o Pato está aqui para quebrar tabu e incentivar vocês a se aventurarem ainda mais no que o mundo toku tem a oferecer nesses 60 anos de história.
Um dos gêneros de tokus presentes no Japão são os da categoria Other Heroes, que são tokus que não precisam ficar necessariamente presos a uma série para apresentar os heróis de uma determinada franquia. Geralmente, são produções que possuem heróis independentes, que não participam de uma franquia específica. Uns exemplos bem comuns no Brasil foram Bicrossers, Patrine e Machine Man. Mas dentro dos Other Heroes, existe vários sub-gêneros, como por exemplo, os Kyodai Heroes, que são heróis gigantes fora da família Ultra. Um outro exemplo foram com as Henshin Heroines, que contam com a participação de moças que se transformam em super-heroínas.
Mas o que eu vou falar é de um filme de um sub-gênero dos tokus chamado de Ninja Heroes, que fazem parte daquelas produções onde são retratados heróis do Japão Feudal (independente se são samurai, ninjas, kabukis, ainus e etc...). Exemplos famosos foram os dois Lion Marus originais e Shogun Mayeda. E o filme que eu vou falar faz parte desse sub-gênero, no caso Azumi.
Azumi foi um longa baseado num mangá escrito por Yuu Koyama. No jogo, Azumi foi treinada como uma "ronin" por um outro samurai ancião. Ela passou por um difícil treinamento até ser contratada para eliminar adversários de Tokugawa Ieyasu.
No longa de 2003, a essência é a mesma do jogo. Azumi viu sua mãe ser assassinada por ladrões quando criança. Por causa disso, ela é adotada por um Ronin e é treinada como um ronin também, junto com outros rapazes, sendo que ela era a única moça da casa. Azumi possui uma agilidade sobre-humana e é considerada a melhor combatente da equipe. Tudo porque ela foi educada para agir e pensar como um menino. Só que, no momento em que ela e os amigos tem que deixar a montanha para realizar a "missão", muitas provas ela tem que passar, inclusive, presenciar requintes de crueldade contra inocentes (como crianças, velhos e mulheres). Até que ela tem sua cabeça posta a prêmio por bandidos e ela consegue um rival a altura, o samurai renegado Bijamaru, que é um assassino frio e narcisista, que sempre carrega uma rosa vermelha. Será que Azumi conseguirá eliminar Bijamaru? Só vocês assistirem... xD.
Uma das coisas mais intrigantes de Azumi está na sua violência. Foi algo tão forte que o longa recebeu a censura 18 anos. Vocês verão cenas de estupro, decapitação, enforcamento, perfuração, explosões, cérebros de um lado, mãos cortadas de outro, numa violência nua e crua. Eu imagino a quantidade de xarope de groselha que os produtores gastaram para fazer esse filme. :p . Foram MUITOS. Mas MUITOS mesmo.
Os efeitos especiais eram simples. Eram mais usados nas explosões e nos saltos dos samurais e ninjas, que voavam literalmente. Apesar de Azumi possuir poderes psíquicos, que é demonstrado claramente no filme, Azumi não os usa contra os seus adversários, pois ela sabia que eles eram seres humanos normais. E sem falar que, por ser um toku do gênero Ninja Hero, não poderia se exigir muito dos efeitos especiais, visto que a história se passa no Japão Feudal e não no espaço ou nos tempos modernos.
Azumi foi estrelado pela cantora e atriz Aya Ueto, que foi considerada Idol no ano de 2003 e cantou a canção de encerramento. Ela é bonita e uma lutadora razoável. Uma particularidade é que Aya dispensou dublês nas cenas de ação. Temos também a participação (rápida, diga-se de passagem) de Shogo Yamaguchi, o Kenji Narukami de Ryukendo, numa participação pífia. Nem aparece seu nome nos créditos. Agora, gostaria de falar de uma participação polêmica nesse filme: Joe Odagiri. Ele fez o vilão lunático Bijamaru. Ele que, desde o término de Kuuga, tinha desprezado o gênero toku, seja de qualquer plataforma ou franquia, acabou fazendo um filme Toku. Eu acho que ele só aceitou fazer Azumi porque o longa, do mesmo modo que a série Garo, fugiu dos padrões de tokus, sendo feito para o público adulto, ao invés do público infanto-juvenil. Joe deu vida a um vilão sádico, cruel e mau, muito mau. Nunca vi um vilão sentir prazer em matar como ele. Aliás, ele vivia pra matar. E Joe fez um papel totalmente andrógino. Também dispensou dublês nas cenas de ação.
Azumi é um filme para o público adulto. Eu diria que o humor só aparece em UMA cena só. Mas nada que comprometa a qualidade estética do longa, que possui uma fotografia linda e uma direção de arte primorosa. A trilha sonora deixa o filme mais encantador ainda. O filme termina em aberto, dando gancho para o segundo longa que foi lançado anos depois. Então... se vocês querem uma opção diferente das 4 franquias consagradas no Brasil, num filme totalmente adulto, tenho certeza que vocês vão gostar de Azumi. É um filme completo e que, mesmo que seja censura 18 anos, acredito que dá para os mais adolescentes assistirem de boa. Então, assistam Azumi. THE SEARCH CONTINUES....
Muito legal (e inesperado) esse review sobre Azumi,
ResponderExcluirEsperando review da continuação agora :P
Se eu achar o segundo filme, eu com certeza vou comentar! :3
ExcluirO duro foi ver o DVD lançado aqui com os dizeres "Baseado no game de Playstation 2", quando na verdade foi baseado no Mangá de Yuu Koyama (que tenho lido e me encontro no volume 12 atualmente). Ah, esse Brasil...
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