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- Review do Tio Donald: Magiranger
Posted by : RodrigoPatoDonald
domingo, agosto 31, 2014
Magiranger - A Coragem que nos dá Magia!
Depois de mais de 5 semanas "sofridas", consegui concluir a saga dos Magos Lendários. Foi uma saga que tinha como foco, mostrar que a coragem das pessoas lhes dá uma mágica poderosa e milagrosa.
Magiranger foi uma série feita com o propósito de pegar o sucesso da franquia Harry Potter, que estava em ascensão na década passada. Vimos aqui uma preocupação em trazer para o super sentai, elementos presentes na saga do bruxinho inglês. Vamos encontrar de tudo um pouco. Vamos encontrar varinhas mágicas, lâmpadas mágicas, bolas de cristal, cetros mágicos, tapetes voadores, vassouras voadoras ("e lá vamos nós..." XD), poções mágicas, vampiros, súcubas, cavaleiros, sereias, fadas e etc. Tudo que faz parte do universo "fantástico". Para quem gosta do universo Harry Potter, Senhor dos Anéis e Hobbit, vai se encantar com a história dos cinco irmãos. Agora, quem não gosta ou não está acostumado com os dois universos, com certeza vai estranhar bastante o modo como Magiranger foi feito.
O resumo da história é o seguinte: um grupo de criaturas diabólicas vindas de um reino chamado Infershia tiveram seus selos quebrados e resolvem invadir a superfície. Isso causa um desiquilíbrio em outro reino mágico, no caso, Magitopia, que é o responsável por manter o equilíbrio e a estabilidade da superfície. Quando a cidade é atacada por um ogro, uma das remanescentes de Magitopia na Terra, Miyuki, desperta o poder mágico nos seus cinco filhos e eles passam a enfrentar as criaturas de Infershia. A medida que os episódios vão avançando, surgem novos adversários e novos aliados. Até a batalha final contra N Ma-Sama, que é concluída de forma emocionante.
Magiranger tem um início confuso e arrastado. Vocês vão estranhar e MUITO o começo, que nos é apresentado de forma muito... como digamos.. "bobinha" demais. Já começamos com uma tragédia nos dois episódios iniciais. Mas do terceiro em diante, o que vimos são episódios confusos e que beiram a ofensa da nossa inteligência. Talvez para aqueles fãs puristas de séries dos anos 80 vão estranhar a falta de seriedade de Magiranger nos episódios iniciais. Mas a série possui dois clímaces no meio da trama que dá para reverter. A primeira foi a revelação da identidade de um dos vilões. A segunda está na chegada dos 10 deuses de Infershia, que deu uma melhorada e MUITO no roteiro. Temos muitos personagens bons, como Sphinx, Nai, Mea, Miyuki, Wolzard e Smooky.
Os protagonistas (não estou falando de personagens, mas de atores) me passaram a imagem de insegurança. Passaram a sensação de que eles não sabiam o que estavam fazendo ali. O melhorzinho do sexteto foi Hiroya Matsumoto (Tsubasa), que passava um ar de segurança. Mas, fora isso, os atores passaram aquela sensação de que não foram feitos para aqueles papéis. Do elenco principal, com certeza o destaque foram para a dupla Chiaki Horan e Tomomi Kitagami, interpretando as vampirinhas Nai e Mea. A sincronia entre elas foi PERFEITA! Juro para vocês que, quando via as duas juntas, torcia para elas e ainda torcia para a regeneração delas no final. Mas a cereja do bolo mesmo atende pelo nome de Machiko Soga, em seu último trabalho para os tokus em vida, numa participação magistral como a sua primeira (e ÚNICA) personagem do bem. Ou seja, vimos nisso uma ótima oportunidade de ver o último trabalho dela e valeu a pena ter concluído Magiranger.
Uma coisa que achei legal de Magiranger foi a sua trilha sonora cantada. Com exceção do encerramento, TODAS as outras canções interpretadas na série são fantásticas. São bonitas, com letras que estimulam a fazer a boa vontade e que estimula. A melhor canção foi a apresentada no episódio 28, quando o quinteto enfrenta a Sereia. Outra coisa interessante e que os fãs de séries anos 80 vão gostar de Magiranger é o fato de ser uma das séries com o maior grau de violência contra civis. Em Magiranger, vemos os monstros cortando as pessoas no meio, devorando-as inteiras, explodindo-as e entre outros atos violentos. Talvez isso seja um prato cheio para quem gosta mais de ação do que história, para compensar o início arrastado.
Magiranger foi feita para passar uma lição de moral para o telespectador. Ela estimula as pessoas a não verem os defeitos daqueles que são "maus", mas suas qualidades (Houka foi o maior exemplo disso). Vimos da importância de pelo menos tentar, ao invés de desistir e dizer que não dá (Kai foi o maior exemplo da série com relação a isso). Vimos também que todos precisam ter coragem e nunca desistir de seus sonhos. É com essa mensagem positiva que a série conquista. Apesar de achar que o começo seja confuso, tenho certeza que os 15 episódios finais compensam e MUITO o início frustrante. Com certeza vocês vão se amarrar no time de magos. MAGI MAGIRO!