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- Review do Tio Donald: Shaider
Posted by : RodrigoPatoDonald
segunda-feira, março 02, 2015
Shaider: Toda força vai estar contigo, pra quem tem fé na vida nada tem perigo....
Bem... confesso que estou com um pouco de medo de falar sobre Shaider. Por quê? Simples! Ele é o meu Metal Hero favorito. Na MINHA opinião, ele é superior ao tão aclamado Jaspion. E na MINHA opinião, ele é superior a Jiraya. E, falar de Shaider me deixa preocupado. Afinal, eu tenho certo medo de parecer tendencioso e parcial, puxando a asinha para o meu lado. Como nas minhas outras análises, vou tentar ser imparcial, que é a marca dos meus textos e não vou me deixar influenciar pelo meu gosto pessoal. Vou tentar informar o que a série tem de bom e o que tem de ruim para tentar passar uma informação concreta e modesta.
Bem, vou começar contando os pontos fortes. Por que Shaider é o meu Metal Hero favorito? Pra começar, Shaider é o único dos Uchuu Keiji com roteiro com começo, meio e fim coerentes. Admito que Gyaban e Sharivan um complementava o outro, embora seja de séries diferentes. Mas, convenhamos que o começo de Sharivan é confuso e destoa do final de Gyaban. Enquanto Gyaban termina com o mesmo destruindo a turma de Maku de forma meio que confusa, Sharivan já começa com o principal sendo sucessor e enfrentando o povo de Maddou, como se Sharivan e Maddou fossem inimigos de longa data. Ou seja, não se tem apresentações. Em Shaider, vimos exatamente uma série com começo, meio e fim. Não se tem furos. E o início foi promissor. Não consegui perder o fio da meada. É algo que te cativa, numa trama bem tradicional dos anos 80, com um roteiro que consegue te prender. Ou seja, você sente uma fisgada logo de cara com o primeiro episódio, coisa que custei para séries como Sharivan, Gyaban e o próprio Jaspion, cujas séries melhoram do episódio 15 em diante, mas, que não deixam de serem boas assim como Shaider e os outros Metal Heroes. Vale salientar que o roteiro de Shaider, vez ou outra nos episódios, fazia uma citação de forma direta ou indireta das séries anteriores.
Outro ponto forte de Shaider, além do seu excelente roteiro, está numa boa trilha sonora. Músicas boas que cativam e nos chamam a atenção. São músicas que deixam a sua marca e dão um charme excepcional a série. E não podemos negar que a voz de Akira Kushida deixa a trilha sonora de Shaider imponente. Uma coisa que me chamou a atenção em Shaider também foram o seu figurino. A armadura do herói é uma das mais lindas que já vi na franquia. Um azul brilhante que te deixa com vontade de usar uma igual. Ela é cheia de detalhes que a deixam mais bela e majestosa.
Outra coisa que achei bem interessante foi a BOA escolha do elenco. Atores bons, bem preparados, com presença de palco. Tivemos a participação de rostos conhecidos, como Mai Ooshi, como Giru 2 (que teve que sair no meio da série para entrar no elenco de Changeman para o ano seguinte), Masayuki Suzuki, interpretando o mesmo personagem das séries anteriores, no caso, o Kojiro, mas que, dessa vez, sendo dono de um pet shop, Kyomi Tsukuda (que interpretaria a Anri no ano posterior e que já estava interpretando uma também repórter em Machineman), Wakiko Nano, que interpretou a mesma personagem de Gyaban, a Mimi, Toshiaki Nishizawa, ator veterano que fez alguns filmes de Godzilla, Spiderman e o mesmo personagem que tinha feito em Gyaban e Sharivan. Mas os destaques são por conta de Naomi Morinaga e Hiroshi Tsurubaya.
Curiosamente, um dos principais defeitos de Shaider está nos protagonistas, o que fez com que muitos fãs de tokus brasileiros torcerem o nariz para a série. Veja bem, Hiroshi Tsurubaya era um ÓTIMO ator. Ele passava emoção, sem abusar de caras e bocas, não sendo canastro. Ele passava veracidade nos sentimentos de raiva, frustração, alegria, revolta, desespero, enfim, coisas de interpretação. Mas Hiroshi era o PIOR dublê comparado com os antecessores (Kenji Ohba e Hiroshi Watari). Nas cenas de combate corpo a corpo no civil, dava para ver claramente que NÃO era o Hiroshi que estava ali, batendo. E a Toei NÃO conseguiu NEM disfarçar o dublê para deixá-lo o mais parecido com Hiroshi Tsurubaya. E isso talvez fez com que as pessoas torcessem o nariz para a série, visto que era visível que não era o Tsurubaya que estava ali, batendo. Afinal, todo fã cobra, em sua maioria, que atores de tokus, além de atores, sejam TAMBÉM dublês. Eles deviam ir para o "mano-a-mano". Nós, como público brasileiro, temos a tendência de exigir demais dos atores de tokus. Tsurubaya era o MELHOR ator do trio de Uchuu Keiji. Fato. Mas o PIOR dublê. O fato de ele ser o PIOR dublê NÃO o isenta de ser um ótimo ator, coisa que ele foi. Lembre-se: dublê é uma coisa e ator é outra completamente diferente. Kenji Ohba é um ÓTIMO dublê. Ele ia para o "mano-a-mano" na cara dura. Mas sua interpretação, cheio de caras e bocas, não o fazia um bom ator. Mas ele tem uma carreira excelente porque seus dotes como artista marcial, que dispensava dublês nas batalhas, eram ótimos. E isso fez com que ele tivesse MUITOS fãs pelo Brasil afora (e eu sendo um deles). Já Tsurubaya não teve a mesma sorte. Mesmo sendo um ótimo ator, faltava o fator ser dublê para ter seu carisma aumentado. Coube a sua parceira, Naomi Morinaga, ótima atriz e ótima dublê, roubar a cena. Praticamente, as cenas de ação estavam praticamente sendo carregadas por ela. Annie roubava a atenção do público, por ser uma ótima lutadora. Ela praticamente apagou o brilho do protagonista, quando ia para os combates. E isso não foi legal. Praticamente, o protagonismo foi todo para cima de Annie na hora do combate. Ao contrário das assistentes dos outros xerifes espaciais, que serviam mais para serem vítimas para serem salvas, Annie não se intimidava com a força inimiga e ia para o combate. As melhores lutas e cenas de combate foram protagonizadas por Naomi. E pelo fato do protagonista ter sido substituído pela sua assistente TALVEZ fez com que ele tivesse poucos fãs. Afinal, quem seria fã de uma série cujo protagonista foi substituído por sua assistente nas cenas de ação?
Outro fator que talvez fez com que o público brasileiro virasse o nariz para Shaider está no tratamento que a mesma teve no Brasil. Shaider era exibido esporadicamente dentro do Xou da Xuxa de forma irregular, sem seguir uma periodicidade e sem respeitar a cronologia da trama, com uma dublagem porca. Depois, ele passou a ser exibido semanalmente às 5:30 das madrugadas de sábado. Quem seria louco o suficiente para acordar às 5:30 da manhã num sábado para assistir uma série japonesa? Sim! SÓ esse Pato que vos fala! Afinal, Shaider, quando vi pela primeira vez no Xou da Xuxa, me cativou rapidamente. Afinal, para mim, foi raro encontrar uma série que me conquistou logo de cara. Mas lá estava o Pato, todo sábado às 5:30 vendo um herói com um protagonista que não sabia bater. Mas, como valeu a pena! Afinal, é raro encontrarmos uma série completa.
Vale salientar que, no Japão, Shaider não teve uma audiência superior ao de seus antecessores. Mas ajudou e MUITO a popularizar o gênero Metal Hero com as vendas de brinquedos e da trilha sonora. Meu querido herói Shaider, ou melhor, seu intérprete, viria a falecer no dia 24 de Julho de 2001, vítima de um câncer no fígado, em decorrência do alcoolismo. Mas para mim, sua marca será passada adiante. Sua trajetória é imortal. Afinal, foi com Shaider que eu aprendi o seguinte: Um herói que tinha fé na vida. E para quem tem fé na vida, nada teme o perigo!
Otimo post, mas eu realmente acho Shaider muito ruim. Chato, sem carisma, com uma armadura merda pra caralho, ator fraco(pelo menos, nessa série), com uma
ResponderExcluirhistória boba e conceitos repetitivos.
Fico feliz que tenha comentado. Mas é bom salientar que, ainda bem que os 60 anos de tokus nos apresentaram diversos filmes e séries de efeitos especiais japoneses para cada um ter o seu gosto pessoal. Já imaginou se todos gostassem da mesma coisa?? Se tu achastes a série ruim, que bom... tu vistes a série com outro ângulo. Pelo menos para a minha pessoa, me agradou e MUITO! :D
ExcluirConcordo, Shaider tem o melhor roteiro do que Sharivan, tem uma armadura linda, que tem muito dos traços do Jaspion, Shaider tem boas coisas sim, tanto que Spielvan tem muitas coisas parecidas do Shaider, to vendo completo pela primeira vez, já tinha visto alguns episodios, a dublagem deixa um pouco a desejar mas não tira o brilho da série. E a trilha sonora é a melhor dos Uchuu Keiji, tanto que adoro ouvir Hallo Shaider.
ResponderExcluirEsse é um ponto interessante, Filipe. Realmente, em Spielvan, podemos encontrar MUITAS referências a Shaider. Muito bem colocado! Visto que a fórmula de Jaspion foi um fracasso (NO Japão), usaram a fórmula de Shaider em Spielvan para tentar resgatar a essência da franquia.
Excluiressa serie é a minha favorita! o que não gosto é o fato de ter alguns episódios muito infantilizados, algo que não acontece em sharivan. realmente a trilha sonora e a armadura são as mais legais do gênero. porém apesar de ser a minha favorita considero: sharivan, jiraya, jiban e jaspion superiores. mas o herói em si é o que mais me identifico.
ResponderExcluirshaider é um dos melhores metal heroes já feitos. gosto muito e me pego assistindo episódios esporadicos de vez em quando. infelizmente, alguns sites que se dizem "entendidos" adoram pisar nessa série, o que leva um bando de "maria-vai-com-as-outras" a dizerem amem pro que tá escrito e, sem nem terem assistido, concordar com o que o site disse. uma pena pois shaider tem SIM muito conteudo. alias, o legal de assistir as séries anteriores ao "endeusado" Jaspion (não me entenda mal, eu sou fã tbm... fez parte da minha infância tanto quanto de todos) é justamente ver a evolução gradual das roupas, efeitos, forma como os episódios eram feitos etc.
Excluirsobre o review, show de bola. poucos são os sites que escrevem reviews de tokusatsus sem detonar, endeusar ou ficar enchendo linguiça com coisas nada a ver. pretendo ler outros reviews, se forem postados hehehe
Eu achei Shaider o mais fraquinho das séries dos policiais do espaço. Em grande parte devido a atuação inexpressiva do Hiroshi Tsuburaya como Shaider. O que salva a série e a presença da Annie, interpretado pela linda Naomi Morinaga. Ela foi a assistente, dentre as três (Mimi e Lili) que mais participava das batalhas. Sem contar que o Dai tinha uma cara de nada! Kubilai foi derrotado com muito facilidade, não teve um final épico, como em Gaoranger (que teve um dos finais mais épicos que já vi em um tokusatsu!). Enfim, foi um Metal Hero que ficou devendo.
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